Pré-Modernismo - Autores

Oi gente, tudo bem? Hoje vamos falar sobre os autores do pré-modernistas. No último post falamos sobre as principais características deste momento, seus valores e contexto histórico. Neste, falaremos sobre os seis escritores que tiveram sua marca no pré-modernismo.
É importante lembrar que o Pré-Modernismo não é uma escola literária, mas um momento de transição entre o Simbolismo e o Modernismo. Não é considerado assim pois os escritores não possuem características semelhantes entre si, a não ser o regionalismo. As obras dos respectivos autores foram o estopim para a Semana de Arte Moderna, evento de 1922 que deu uma introdução ao Modernismo. Espero que gostem!

Graça Aranha (1868-1931) (José Pereira da Graça Aranha), nasceu em São Luís do Maranhão, no dia 21 de junho de 1868, e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 26 de janeiro de 1931. Foi o precursor da literatura pré-modernista com sua obra "Canaã". Seus textos tratam principalmente sobre a imigração de italianos/alemães para o Brasil. Ele também faz uma análise do comportamento do país e da situação atual em que o mesmo está vivendo. Ele também fala sobre a natureza, mas não do mesmo modo que os romancistas. Ele vai falar sobre o belo, mas também vai falar sobre a realidade da nossa natureza. Graça Aranha é um dos autores adeptos ao sincretismo literário, ás inovações e mudanças.

Euclides da Cunha (1866-1909) nasceu em Cantagalo, no Rio de Janeiro, no dia 20 de janeiro de 1866, e faleceu também no Rio, no dia 15 de agosto de 1909, assassinado. Foi um importante autor modernista brasileiro, que atuou também como professor, filósofo, historiador, sociólogo, jornalista, engenheiro, geógrafo, dentre outros. Ocupou a cadeira de n° 7 da Academia Brasileira de Letras.
As principais características de suas obras são a descrição da Guerra de Canudos e do Sertão da Bahia, a Denúncia social e a análise da sociedade. É considerado o intérprete do Brasil pois revê os conceitos do país e analisa para ver o que está certo e o que precisa ser mudado. E principalmente, é um autor conservador e que preza pelas palavras rebuscadas. Sua principal obra se chama "Os sertões".

Monteiro Lobato (1882-1948) nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882, e faleceu também em São Paulo, no dia 5 de julho de 1948, de problemas cardíacos. Foi um escritor e editor brasileiro. Criou a "Editora Monteiro Lobato" e mais tarde a "Companhia Editora Nacional".
Sua produção é de maioria feita de contos, onde a literatura infantil destaca-se. Para fazer uma crítica a organização social do século XX, cria o personagem Jeca Tatu: um caipira, caboclo, do interior de SP que vivia na miséria e que trabalhava na plantação de café, e que mesmo tendo um papel importantíssimo na economia do país, não tinha a sua valorização devida. Também temos como exemplo de literatura infantil o Sítio do Pica-Pau Amarelo. Sua linguagem é culta e conservadora.

Lima Barreto (1881-1922) nasceu em Laranjeiras, Rio de Janeiro no dia 13 de maio de 1881, e faleceu também no Rio de Janeiro, no dia 01 de novembro de 1922. 

Suas obras possuem como principais características uma linguagem coloquial dos subúrbios do Rio de Janeiro, fazendo uso do sincretismo literário; e o Brasil como ponto de vista de um ufanista, sempre com bom humor e ironia. Seus personagens eram da classe popular, e o autor também relatava bastante o preconceito racial que vivenciava.

Sua principal obra é "O triste fim de Policarpo Quaresma".

Simões Lopes Neto (1865-1916) nasceu em Pelotas, no dia 9 de março de 1865, e faleceu também em Pelotas, no dia 14 de junho de 1916. 

Sua principal obra chama-se Contos Gauchescos, e possui como principais características a descrição dos costumes, tradições e lendas do Pampas (RS) e o uso da linguagem simples/coloquial. E o mais importante é que mesmo tendo o foco no Rio Grande do Sul, os conflitos relatados na obra são gerais, que o Brasil inteiro está vivenciando. 

E por último, mas não menos importante, temos o autor mais pré-modernista de todos: Augusto dos Anjos.

Augusto dos Anjos (1884-1914) nasceu no engenho "Pau d'Arco", na Paraíba, no dia 22 de abril de 1884, e faleceu em Leopoldina, Minas Gerais, no dia 12 de novembro de 1914. Foi um escritor brasileiro que destacou-se na prosa, considerado um dos poetas mais críticos de sua época.

Possui uma única obra chamada "Eu", e essa obra é constituída das seguintes características: a linguagem culta e rebuscada; a poesia cientificista, ligada ao corpo; o existencialismo; a angústia da vida; e a morte, no sentido fisiológico, orgânico (podridão).

É considerado o autor mais singular da literatura, pois possui características diversas: um pouco de tudo. 

Então foi isso, gente. Espero muito que tenham gostado e aprendido. Quarta-feira falaremos um pouco sobre a Semana de Arte Moderna, e provavelmente irei dividir esse assunto em partes para também não ficar tão longo. Se quiserem resenha de alguma dessas obras que eu citei acima é só deixarem aqui em baixo ou no meu instagram: @emilylitera, que serve também para dúvidas e sugestões de posts. Beijos e até a próxima! 💗