Naturalismo e Impressionismo

Oi gente, tudo bem? No post de hoje vamos falar sobre o Naturalismo e Impressionismo. "Mas duas escolas literárias no mesmo post?" SIM! Afinal, elas surgiram no mesmo contexto e possuem as mesmas características, então, vamos falar um pouquinho das duas hoje.

Os Comedores de Batata, quadro de Van Gogh.
O Naturalismo/Impressionismo surgiu no final do século XIX e é considerado segmento do Realismo.
Por ter sido surgido ao mesmo tempo que o Realismo, o contexto histórico permanece o mesmo: Segunda Revolução Industrial, Segundo Reinado, Capital sendo o Rio de Janeiro, Abolição da Escravatura (1888) e Proclamação da República (1889).

Proclamação da República (1889)


As características continuam as mesmas também: Objetividade; Verossimilhança; Descritivismo; Razão, análise e observação; Universalismo; Retrato fiel das personagens; e Anti-Romântico. Porém, há uma novidade nas artes literárias: o instinto do homem começa a aparecer. Os novos estilos de texto dirão respeito ás Chagas e Perversões Sociais (pedofilia, miséria, adultério, crimes e sexualidade revelada). O ponto principal deste período é: O homem comparado a um animal, que age por instintos.

Esse período também foi movido por algumas correntes filosóficas, voltado para as descobertas científicas que envolviam a biologia, psicologia e sociologia da época. O principal pensamento é a Teoria da Evolução, de Charles Darwin, onde acreditava-se na seleção das espécies: o melhor e mais forte sobrevivia.
Fora isso, os pensamentos positivistas e socialistas rondavam o período. Seu ponto principal era a busca dos trabalhadores pelos seus direitos, uma vez que eram explorados pelo capitalismo exacerbado da Revolução Industrial.   
Outras correntes filosóficas também importantes para entender essa fase: O determinismo de Taine (o indivíduo sofre influência do meio em que vive); A psicanálise de Freud (ligada ao instinto, sonho do homem). 
Teoria da Evolução, Charles Darwin
Pelo Mundo, o escritor que mais destacou-se foi Émile Zola, autor de Germinal. Por ter tido a experiência de dois meses trabalhando em uma extração de minério, tratou com profundidade a situação precária vivida pelos trabalhadores, o que origem ao livro.



















Como autor naturalista temos Aluísio de Azevedo, autor de O Cortiço. Suas características principais são: Romance de Tese/Experimental (teses e informações de situações decorrentes do cotidiano); Instinto do homem (sexo, o homem sujo); Patologias (doenças, loucuras, pessoas saindo de si); Homossexualidade (neste caso, feminina) e o Coletivo (a vivência do cotidiano que influencia o indivíduo, o Determinismo de Taine). 

























No Brasil, só temos um autor impressionista, chamado Raul Pompéia. Sua única obra é O Ateneu
O Ateneu foi um internato anual para meninos, existente no Rio de Janeiro.  Raul Pompéia estudou no internato durante um tempo, e resolve então relatar as suas vivências. Sérgio, personagem principal, representa o próprio autor que sofreu abusos do diretor. As características do Impressionismo no Brasil são: Reflexos Subjetivos (voltando ao passado); Memórias (autor memorialista); Desejo por vingança (lembranças do autor que sofreu abusos); Sátira (ironia/piada/alfinetada); Homossexualidade (neste caso, masculina). 
É chamado Impressionismo porque as obras relatam impressões de um passado, memórias

     








Então foi isso, gente. Espero que tenham gostado do post de hoje. Sexta-feira falaremos sobre o Parnasianismo, já coloca o lembrete aí no celular! haha
Qualquer dúvida ou sugestão de post, deixe aqui nos comentários ou no instagram do blog: @emilylitera. Beijos! ❤️

Comentários

Postagens mais visitadas