Principais Autores do Arcadismo e sua Produção

Oi, gente! Tudo bem? Bom, no post de hoje vamos falar um pouco da produção do arcadismo, seus respectivos autores e obras literárias. Espero que gostem!


É importante lembrar que os autores usavam pseudônimos, nomes falsos. O autor adquiria uma dupla identidade porque se considerava um pastor de ovelhas, semelhante aos de Árcade, Grécia. E nas histórias eles podiam se expressar através dos personagens sem receber críticas. 

Principais Autores
Cláudio Manuel da Costa, conhecido como Glauceste Satúrnio (pseudônimo), nasceu em 5 de junho de 1729, na zona rural de Ribeirão do Carmo, atual Mariana - Minas Gerais. Fez o curso de Direito em Coimbra aonde teve maior contato com os ideais Iluministas, e fundou no Brasil a Arcádia Ultramarina em Vila Rica. Era um homem bastante rico e influente no mundo intelectual. Participou da Inconfidência Mineira, foi preso e encontrado em 1789 enforcado na cadeia.


Deu início ao Arcadismo no Brasil com "Obras Poéticas". Nesta obra o poeta se une aos princípios estéticos do Arcadismo, mas sofre também influências barrocas, e nos versos faz enaltecimento da natureza.
Além dos seus poemas líricos, há também um bastante conhecido chamado "Vila Rica". É um poema épico que descreve a cidade e seus principais acontecimentos, fazendo o uso do Bucolismo e Pastoralismo. 
"Cantemos, musa, a fundação primeira
Da capital das Minas, onde inteira
Se guarda ainda, e vive ainda a memória,
Que enche de aplausos de Albuquerque a história." 
Vila Rica, Cláudio Manuel da Costa

Tomás Antônio Gonzaga, poeta português, nasceu no dia 11 de agosto de 1744, em Porto-Lisboa. Se destacou no arcadismo com duas obras: Marília de Dirceu e Cartas Chilenas. Por conta de seu envolvimento na Inconfidência Mineira, foi preso e enviado para a África, onde morreu em 1810.


Durante a sua moradia em Vila Rica conheceu a jovem Maria Doroteia Joaquina de Seixas de 17 anos, por quem se apaixonou e ficou noivo. Fez poemas para Marília (pseudônimo da noiva) falando como Dirceu (seu próprio pseudônimo).  


Marília de Dirceu é uma obra aonde Tomás (Dirceu) escreve poemas românticos para a sua amada, Maria (Marília). Na primeira parte de sua obra, Dirceu faz o uso de conceitos como o Bucolismo e o Pastoralismo para revelar o quanto estava feliz com a vida que levava e o quanto se sentia amado por sua noiva. Essa parte mostra muito bem o lado do Arcadismo: leveza na vida e contato com a natureza. Trecho:
"Eu tenho um coração maior que o mundo!
Tu, formosa Marília, bem o sabes:
Um coração..., e basta,
Onde tu mesma cabes."

Na segunda parte, Dirceu relata sua passagem na prisão depois da Inconfidência Mineira. Com tom melancólico e pesado, o autor lamenta o rumo que sua vida tomou e fala também da saudade que sente de sua amada e sua vida lá fora. Trecho:

"Que diversas que são, Marília, as horas,
Que passo na masmorra imunda, e feia,
Dessas horas felizes, já passadas
Na tua pátria aldeia!"


Cartas Chilenas é uma sátira ao governador de Minas Gerais,  Luís da Cunha Meneses. De início foi circulado anonimamente pela cidade de Vila Rica e após pesquisas descobriram que o autor era Tomás Gonzaga. Nesta obra, o governador é criticado e ridicularizado por suas atitudes, porém alguns nomes foram trocados: Minas Gerais virou Chile, Vila Rica era Santiago, o autor se chama Critilo e o destinatário é Doroteu. A obra foi publicada em 1845. 


Basílio da Gama, poeta brasileiro, nasceu no arraial de São José dos Rios da Morte, atual Tiradentes, em Minas Gerais, no dia 08 de abril de 1741. Ficou órfão muito cedo e foi educado no Colégio dos Jesuítas, no Rio de Janeiro. Era noviço e pretendia ingressar na carreira eclesiástica.
É o autor do poema épico "Uraguai", o melhor do gênero épico brasileiro. Ocupa a cadeira de n°4 da Academia Brasileira de Letras. 


Seu poema Uraguai foi escrito em 1769 e exalta a ação de Marquês de Pombal contra os jesuítas. O autor relata as Guerras Guaraníticas e coloca a culpa do massacre indígena nos jesuítas. Ele fala que os jesuítas apenas defendiam os direitos dos índios para ser eles mesmos seus senhores.


Frei José de Santa Rita Durão, poeta e orador brasileiro foi um dos grandes representantes da poesia épica brasileira da época de colonização. Nasceu no ano de 1722 em Cata Preta, nos arredores de Mariana, Minas Gerais. Estudou com os jesuítas no Rio de Janeiro. Foi para um seminário na Europa e por lá ficou. Formou-se em Filosofia e Teologia pela Universidade de Coimbra e alcançou o título de doutor.



O seu poema "Caramuru" é uma homenagem à sua terra Brasil e conta a história da Bahia e o retrato do descobrimento do Brasil nos primeiros momentos da chegada dos colonizadores.


Então é isso, gente. Espero que tenham gostado do post de hoje. Sexta-feira iniciamos uma nova escola literária e o período nacional. Qualquer dúvida deixem aqui nos comentários ou me enviem no instagram do blog: @emilylitera. Beijos! ❤️

Comentários

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